“Ama-me quando eu menos mereço, pois é quando eu mais preciso”
O facebook ficou cheio de muitas plaquinhas nas proximidades do dia dos namorados. Os não enamorados ou desnamorados compartilharam mensagens de aluga-se, ama-me, olha-me, etc, etc...
Eu precisei fazer de conta que este dia não existe, não estou merecendo ser amado. Foi por isto que a frase acima chamou tanta atenção.
Sempre digo às minhas amigas e amigos que somos uma geração que faz test drive para a evolução da sociedade. Afinal, todos reclamam que está difícil namorar, encontrar alguém especial. Reclamam que todos só querem ficar, não querem nada sério e por aí vai.
Nós temos menos paciência pra engolir sapos.
Minha mãe, por exemplo, vive reclamando da relação com meu pai. Eu já sugeri de forma muito traquila: peça o divórcio mãe! Ela reagiu de forma surpresa, é claro. A maioria dos nossos pais foram educados a casar e permanecer até o fim da vida, mesmo vivendo um matrimônio infeliz.
Nossa geração não! O buraco é mais embaixo. Não me faz feliz, não me realiza na cama, não me ama de verdade, não contribui com as despesas em casa, então TCHAU!
A gente acaba ficando meio infeliz sozinho, um pouco melhor do que mau acompanhado. A formação cultural se choca com a realidade de uma nova forma de ser.
Juventude prolongada, morando em casa. Prioridade de formação, de inserção no mercado de trabalho. Sexo mais fácil e culpa por não ter compromisso. Quanta coisa passa nestas nossas cabeças!!!
Eu não mereço, mas me ame por favor rsrsrs.
Curitiba, junho de 2011
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