Quem sou eu ...

Balançado demais

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Beijar

Plantar beijos no teu corpo inteiro e regar tua boca com um suspiro sensual... 
Assim eu me acabo!!!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Pequeno papel

Fico olhando estas pessoas ao meu redor. O personagem inponente e independente que fazem questão de ser é muito engraçado. Eu me esforço num papel secundário até que chegue o fim, porque o papel principal nem sempre é o mais forte, o mais feliz. Haverá muitos espetáculos, serei um pouco de todos.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Desisto



Limpei as lentes que estavam embaçadas. Parecia pouco. 
Me olhei no espelho, tirei as lentes, lavei os olhos. 
Ajudou, mas precisava de mais. 
Lavei o rosto inteiro, molhei o cabelo e a nuca. 
Agora enxergo com calma e a cabeça está fria. 
Eu mereço mais atenção!
Eu desisto de você!

(Elânio)


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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Armário



Abre a porta do teu armário antes que minha roupa fique amassada. #ficaadica rsrsrs

Sem saída



Foi como se eu tivesse acordado com um choro sofrido, mas eu não estava dormindo. Eu estava num ônibus, a caminho de casa. Olhei para o banco de trás e ela estava chorando. "Você está passando bem?"... "A MINHA MÃE MORREUUUU", disse uma colega de escola, vizinha de bairro. Eu só pude dizer em silêncio, nada que eu falasse a confortaria. Quinze intermináveis minutos de silêncio, lágrimas e muitos ruídos de ônibus, como barulho que assombra o início de uma nova vida. "Ela só esperou eu sair do hospital para morrer", lamentou. Agora escrevo e me arrepio! Faz muito calor em Campo Grande, preciso de um banho.






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Sal...



Saudade poderia ser Saldade...
porque salga e aumenta a pressão.

domingo, 11 de setembro de 2011

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Reservados para a violência



Estou com vontade de descontar todo meu descontentamento urbano no meu vizinho.

Hoje, mais uma vez, nos topamos no portão do edifício e ele literalmente me virou as costas. Mas não foi pelas dezenas de vezes que ele faz isto comigo que eu fico chateado com a cidade grande.

Hoje ouvi o pesar de uma senhora que foi atropelada, em frente a seu trabalho em uma rua residencial e movimentada da cidade. “Tantos vizinhos ao redor e somente um motoboy parou para me socorrer”, dizia ela desapontada.

Hoje também foi dia de ver meu amigo contribuir com um rapaz na rua que, aparentemente, foi assaltado. Eu o poupei das explicações, apenas olhei nos olhos do moço e quase implorei que esta história realmente fosse sincera.

Realmente está cada vez mais violento viver aqui. O pior é que todos continuam agindo como se apenas sua vida importasse, como se não fizéssemos parte do mesmo espaço, da mesma comunidade.

Enfim... eu não posso me desapontar com meu vizinho, ele tem suas razões pra ser assim. Eu só preciso alimentar diariamente as razões para ser gentil e ter calma nesta cidade grande.


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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Não mereço, mas me ame




“Ama-me quando eu menos mereço, pois é quando eu mais preciso”

O facebook ficou cheio de muitas plaquinhas nas proximidades do dia dos namorados. Os não enamorados ou desnamorados compartilharam mensagens de aluga-se, ama-me, olha-me, etc, etc...

Eu precisei fazer de conta que este dia não existe, não estou merecendo ser amado. Foi por isto que a frase acima chamou tanta atenção.

Sempre digo às minhas amigas e amigos que somos uma geração que faz test drive para a evolução da sociedade. Afinal, todos reclamam que está difícil namorar, encontrar alguém especial. Reclamam que todos só querem ficar, não querem nada sério e por aí vai.

Nós temos menos paciência pra engolir sapos.

Minha mãe, por exemplo, vive reclamando da relação com meu pai. Eu já sugeri de forma muito traquila: peça o divórcio mãe! Ela reagiu de forma surpresa, é claro. A maioria dos nossos pais foram educados a casar e permanecer até o fim da vida, mesmo vivendo um matrimônio infeliz.

Nossa geração não! O buraco é mais embaixo. Não me faz feliz, não me realiza na cama, não me ama de verdade, não contribui com as despesas em casa, então TCHAU!

A gente acaba ficando meio infeliz sozinho, um pouco melhor do que mau acompanhado. A formação cultural se choca com a realidade de uma nova forma de ser.

Juventude prolongada, morando em casa. Prioridade de formação, de inserção no mercado de trabalho. Sexo mais fácil e culpa por não ter compromisso. Quanta coisa passa nestas nossas cabeças!!!

Eu não mereço, mas me ame por favor rsrsrs.

Curitiba, junho de 2011


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domingo, 17 de julho de 2011

Volto



Achei que estava indo, mas voltei para trás
Aonde eu estou sozinho, seguindo, sem nada
Ainda bem que eu volto mais forte, mais esperto
Porque assim eu acho graça e me solto, pra encontrar outro afeto


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terça-feira, 5 de julho de 2011

Embruteço na cidade!



“Gentileza gera gentileza” é uma das frases que mais gosto. Ela se tornou um mantra, principalmente agora que me mudei para a cidade grande.

Aqui tem sempre um ser hostil capaz de causar aquela queimação no estômago. Por isso, agora eu sempre saio de casa respirando fundo e repetindo em voz baixa... “gentileza gera gentileza, gentileza gera gentileza...”.

Falta de gentileza não combina com o desenvolvimento econômico, nem com as ruas limpas, nem com as flores deste lugar. Semana passada quase fui atropelado por um semáforo,  isto mesmo, um sinaleiro de trânsito. Um ônibus precisou fazer a curva com precisão, para não atrapalhar os carros que vinham atrás. Resultado: a traseira dele enroscou na barra do semáforo e eu, pobre pedestre, fui me afastando desesperado com aquela luz verde vindo em minha direção. Que medo daquele sinal!

E por falar em pressa, hoje fui invadido por uma adolescente na porta de um banco. Parecia um enxame de abelhas. Ela veio rápida e ousada, enquanto eu saia tranquilo da agência. Abri a porta, ainda na intensão de oferecer passagem, mas não houve tempo, ela passou por baixo dos meus braços, driblando todo meu impulso de gentileza. “Por favor né moça!”, eu disse alto a ela, decepcionado com aquela atitude nada gentil.

O pior de tudo é que a arrogância também gera arrogância. A gente vai se munindo de proteção e defesa, agindo instintivamente pra sobreviver na selva de pedra. Eu, por exemplo, quando vou em alguma loja, não chego mais todo educadinho, dizendo com licença e por favor. Eu sei que, na maioria das vezes não adianta, então, ja chego me imponho. Fecho a cara, aumento o tom de voz e deixo ela bem grave... EU PRECISO DISSO, DISSO E DAQUILO!!! ... de vez em quando sou surpreendido com sorrisos e boa educação, aí saio muito envergonhado do lugar.

Nas ruas estou influenciado pelas estratégias de um amigo, outro novato na cidade grande. Ele não desvia mais das pessoas e também não pede mais desculpas se trompar em alguém, estes dias uma senhora até caiu no jardim da rua 15, quando veio toda acelerada se deparou com ele. Daqui a pouco os pedestres vão precisar de treinamento para andar no centro, carteira do Detran com categoria e foto.

Meus vizinhos também experimentam uma nova versão do novo morador que veio do interior. O vizinho de baixo deve ter ouvido o meu desafiador “BOA NOITEEEE”, depois que ele fingiu não me ver e fechou a porta de seu apartamento na minha cara.

Estou preocupado comigo... “Gentileza gera gentileza... gentileza gera gentileza... gentileza gera gentileza”.
Sinto falta daquelas pessoas fofoqueiras na beira das janelas, cuidando a vida alheia. Poderia ter várias destas por aqui. De repente, assim, os moradores deste lugar iam ficar mais atentos, cuidar melhor de suas atitudes para não ficarem mau falados na boca do povo.  

Estou lutando para não me embrutecer, para não regredir na evolução humana.
“Gentileza gera gentileza... gentileza gera gentileza...”


Elânio Rodrigues
Curitiba, 05 de julho de 2011 – 9:48.


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sábado, 25 de junho de 2011

Relaxar o caramba!




Eu sempre respiro fundo quando alguém me diz: “relaxa”. Se me disserem: “você se preocupa demais”, aí eu respiro ainda mais fundo.

Não faço isso para seguir o conselho, eu respiro para não gritar ainda mais com uma proposta destas, que parece um insulto a quem não está nada bem.

Puxa! Se eu to reclamando, tudo o que preciso é de alguém que me ouça, que me deixe falar daquilo que incomoda e me faz triste. Mas que não diga “relaxa”, porque isto com certeza não vai ajudar rsrsrs.

Alguém te procura para desabafar e você não sabe o que dizer? Então, fique calado. Expresse apenas um “eu compreendo”, mesmo sabendo que você agiria diferente diante da situação alheia. Acredite! Isto é técnica de relacionamento humano, vai funcionar comigo, com seu cliente, com seus amigos e familiares.

Quando me dizem que sou uma pessoa calma eu sempre alerto que, na verdade, sou apenas uma pessoa tranquila. Para mim, vida boa é como uma boa novela das oito ou a tela de um cinema comercial, cheia de conflitos e finais felizes. Felicidade forte é felicidade inteira porque sempre podemos unir um fim a um novo começo.

É por isso que eu fico puto da vida. Aprendi a viver meus momentos de tensão, eles são fundamentais para esta tranquilidade.

Hoje eu sei realmente o que me incomoda, o que me faz desabar em silêncio e falta de sentido. Prefiro aceitar que não sou todo feliz, mas insisto sempre que o caminho é melhor quando somos pessoas contentes.

Agradeço cada dificuldade e olho para trás vendo que elas vão ficando pequenininhas. Me olho no espelho e digo “PÁRA DE SER ASSIM”, rindo deste temperamento que complica todo o funcionamento do meu corpo e mente.

Bem... seria pior se eu fingisse ser outra pessoa, porque uma panela de pressão estoura quando fica muito tempo ao fogo.

Portanto, por favor, por gentileza, evite dizer para alguém a palavra relaxe. Até mesmo os profissionais em relaxamento sabem chegar neste ponto de forma sutil, sem esfregar na cara do outro que ele está nervoso (perceba que ainda continuo bravinho rsrs).

Observe como os pensamentos vem e vão... apenas respire! Sugere Rosa, minha orientadora de Yoga.

Já a minha sugestão é: desligue o fogo, esvazie o ar da panela, verifique se está cozido, coloque mais água, volte para o fogão e cuide a hora de retirar. A receita é simples e tem tudo para dar certo.


Elânio
Curitiba, 25 de junho de 2011 – 9:49


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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Campo Grande e Curitiba, as primas metidas.



Eu sempre digo que Campo Grande e Curitiba são primas. É incrível como parecem ser da mesma família. Provincianas, acusam alguns amigos meus. Eu ainda estou observando elas pra ter certeza.

Curitiba é aquela prima metida, que foi para a Europa, estudou e passeou por lá. Agora ela retorna ao Brasil cheia de pose e querendo ser modelo de conduta social e educação. É reservada, fria, detesta visitas sem aviso prévio e se sente pouco a vontade em falar com estranhos.

Campo Grande é aquela prima que quer ser chique, vive copiando a prima Curitiba. Mas, na verdade, é uma garota simpática e interiorana, mais desconfiada que reservada. Tem vontade de interagir com os estranhos, mais por interesse de ascensão social do que por amizade.

As duas primas são estranhas. Elas tem outras primas pelo Brasil que formam uma família muito diferente. Mais ao norte moram as mais sociáveis de todas, devido ao clima quente da região. Tem primas executivas no sudeste, primas de praia de sul a norte, primas tradicionais de colonos, primas humildes pela pobreza, primas feteiras de carnaval, etc.

Curitiba e Campo Grande andam sempre juntas, fazendo pose e tentando impressionar pela beleza e cuidado com a pele e o corpo.
Sempre morei perto da prima Campo Grande, mas nunca dei tanta atenção aos caprichos desta menina morena. Me ocupava com grandes amigos e familiares e fechava os olhos para o que todos me diziam: “ela não sabe receber a gente, não sabe fazer amizade, é difícil chegar até ela”.

Hoje moro perto da prima Curitiba e sinto na pela o que os forasteiros me diziam sobre Campo Grande. A prima sorriso é uma pessoa carente e difícil de compreender. Tem mania de falar bem dos outros pelas costas, porque não sabe expressar seus sentimentos. Tento olhar nos olhos dela sem invadir sua privacidade, quero apenas conversar de forma leve e ir me aproximando.

Curitiba é realmente difícil, mas pra quem já convivia com a Campo Grande não precisa se assustar. Ainda bem que a família é bem grande, assim não me sinto sozinho neste Brasil.

Elânio
Curitiba, 23 de junho de 2011 – 11:02


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terça-feira, 21 de junho de 2011

Mãos e pés para o destino




Vamos deixar nas mãos de destino?

Pode ser que para você seja fácil, mas o que farei com meus sonhos, desejos, vontades, planos e ideias? Eu acredito no destino, ele me presenteia com acontecimentos maravilhosos, mas tenho a impressão que isso só acontece quando dou uma mão e direciono meus pés a ele.

Eu adoro aquela frase do Paulo Coelho que diz: “Quando você quer alguma coisa, todo o universo conspira para que você realize o seu desejo”. Talvez o meu destino seja diferente então. Ele é um pai durão que só me surpreende quando reconhece todo o meu esforço.

Destino é realmente mágico, já me fez sorrir muito com encontros e desencontros que me levam a um final feliz que na verdade nunca é o fim. Tudo sempre por causa do caminho que trilhei. Seria o destino aquelas pequenas estradas que passamos quando decidimos por uma das vias principais?

Para mim é o que parece ser. Destino por destino, aquele que aparece do nada, ainda não me aconteceu. E quer saber de uma coisa? Está bom assim, eu me movimento, busco solução, reflito minhas decisões, enfim, não fico só esperando pelo destino, embora eu sempre conte com ele.

Se for pra acreditar demais no destino, eu prefiro acreditar na força do tempo, meu guia para o que é verdadeiro e bom. O tempo que me instiga a viver correndo e, ao mesmo tempo, parar para ter mais tempo.

Elânio
Curitiba, 21 de junho de 2011 – 17:35


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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Mudança cabeluda



É no cabeleireiro que a vida recomeça. Digo isso porque sou outra pessoa sempre que cortam meus cabelos. Notei que minhas mudanças sempre tomam força quando decido mudar o visual. Deve ser efeito psicológico.

É naquele momento de agendar a ida ao cabeleireiro que tudo vai tomando forma. É naquela lavagem pré-corte que minha mente relaxa, deixando-se levar pela água nos cabelos e massagem no couro cabeludo, acomodando os pensamentos ruins ou inúteis.

Há três meses eu quis deixar o cabelo crescer, depois fizeram a manutenção do corte, mas hoje não tive dúvidas: “deixe eles bem curtos e modernos”, implorei a cabeleireira.

Já tive fios longos, já pintei e repiquei, deixei passarem a navalha e até raspei. Sempre saio do salão com muita esperança, a de que vou gostar do corte e acertei na decisão. Bem! Como tudo o que faço na vida, eu realmente nunca desisto rsrs... Essas mudanças capilares fazem parte de mim, pelo menos enquanto houver cabelos.

A vida num salão de beleza é muito mais divertida, então eu quero mais. Que façam meus pés, minhas mãos e sobrancelhas. Que depilem os pelos em excesso e ainda me contem uma boa e maldosa fofoca.
Quero ter sempre cabelos para poder sempre mudar.

Elânio
Curitiba, 20 de junho de 2011 – 0:45
Dedicado a Andreia Tristão


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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Falow!!!



Depois de pegar na minha mão, pegou no meu pé. Deixou as coisas bonitas e me disse muitas verdades. Acusou minha intensão de agito, de vaidade e me deixou sem palavras. Um estranho cuidando de mim para dizer adeus. Pediu mais calma, mais tempo, mais tolerância.

Eu também disse coisas porque fui acusado de ter medo e tristeza. Vasculhei o passado e relembrei de como tudo começou, foi um olhar esperto e um desejo de chegar até o outro. Fui verdade comigo, fui vontade, fui atitude, fui até onde não esperava chegar.

Distantes! Esse é nosso grande inimigo. 

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Desencontro



Nosso desencontro é fatal
E é deste jeito que nos amamos no final
Te vi tão longe e te busquei
Você me quis e eu fugi
A gente vive desse jeito desencontrando nosso beijo

Eu me entreguei e você veio
Eu me assustei, você ficou
Quando eu voltei desconfiado, teu recado foi mandado
Mas eu insisti, você voltou

Hoje eu te quero como sempre
Aceitei, te quero logo
Você me diz: melhor deixar rolar
Somos nós por desencontro
Esperando a voz do outro
E não da pra separar


Elânio
Curitiba –PR 10/06/2011 14:19

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Elânio o contador de histórias

Vídeos feitos na Hora do Conto da Livrarias Curitiba do Shopping São José. Todo sábado, às 17h, estou lá contando histórias e cantando.



Série Letras Sertanejas

“Coração selvagem, animal sem dono foge da paixão
Mas você me acerta com a sua flecha pra me ver no chão
Vai domar meu jeito, adestrar meu peito, vai cuidar de mim
Eu sou uma fera, mas se eu amo eu quero me entregar assim”

Paciência



Perdi a calma por ter tanta calma. Tudo o que eu preciso agora é de alguns minutos de explosão. Ninguém precisa me ouvir, eu só quero expulsar as palavras feias que eu seguro para me manter calmo. 

Eu realmente não sei o que fazer.  Exercito pacientemente minha calma a todo momento, me encho de esperança, preservo meu bom humor, me presenteio com a saúde dos exercícios e alimentos, durmo, dedico-me ao trabalho e ao amor. Assim, amanso minha falta de calma.

Paciência! Não se leve tão a sério ou você se torna um carrasco aos outros, foi o conselho que agora sigo.

A verdade é que aprendi a ficar furioso para ficar calmo. Uma fúria só minha, educada, discreta, tentando não atingir as pessoas ao redor. É por isso que hoje me considero um ser realmente tranquilo! Eu me encaro, parto para a briga comigo, me acerto com força e depois me cuido com carinho. Assim está sendo mais interessante agir com paciência diante da vida.

Não se iluda, não sou um ser calmo. Mas toda vez que eu me entendo, tenho muita paciência.


Curitiba 9 de junho de 2011 – 8:45
Elânio


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terça-feira, 7 de junho de 2011

Os donos dos jardins (Elânio Rodrigues)



Curitiba-PR 07 de junho de 2011. 8:35

Sempre a mesma acusação, a de que as pessoas daquele lugar eram infelizes. Faltava um bom dia, um sorriso, um olhar acolhedor, um enredo que sugerisse perguntas e respostas de uma boa conversa.
Alguns os defendiam, porque temos o direito ou a dificuldade da tmidez. Mas eu não sentia que era isso, faltava mais gentileza naquela educação formal. Faltava alguém que me dissesse sem nenhuma palavra: “eu não quero revelar minha intimidade, mas podemos nos comunicar sem medo, pode se aproximar”.

O clima chegou a me convencer que ele era o dono daquele lugar, isolando cada ser em sua casa, em sua família, influenciando humores com frio, chuva, vento, etc.

Um dia também decidi parar com a gentileza! Me tornei profissional em objetividade e modulação do tom de voz. Certeiro e imponente, distante e direto, às vezes conseguia me comunicar da forma como aquela gente mais vive, em baixa temperatura e sob o vento forte.

Em meu isolamento social decidi plantar flores e me apaixonei pela região. Notei a beleza dos jardins espalhados por calçadas, praças, sacadas, lojas, parques e quintais. Retomei o ânimo, como se tivesse falasse com as plantas, e passei a viver com poesia num lugar mágico.

Ontem passei em frente a um jardim e pensei: aqui deve morar alguém muito feliz. Havia plantas delicadas, gramas aparadas e um regador cheio d´água no fim da tarde. Vi que o dono do jardim é um senhor simpático e tranquilo que todos os dias, pacientemente, cuida de cada detalhe de seu lugar.

É só mais um jardim entre muitos, mas é único.
Eu o cumprimentei, elogiei.
Ele sorriu!
Agora eu sei que existe muita gente feliz e simpática por aqui.
Basta conhecer os donos dos jardins.


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sábado, 4 de junho de 2011

Para sempre

Algodão doce


Para lá e para cá, quase flutuando. 
O vendedor de algodão doce parecia dançar 
nos 
paralelepipedos de minha rua.
Curitiba, 8 graus, um operário bêbado me lembra poesia.






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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Guerreiro



Um dia ruim é um dia ruim, muitos dias ruins dizem que é pessimismo. 
Mas quem esconde sua dor é um alegre frágil.
Há uma guerra interior!
Eu sou guerreiro sem medo de ser feliz!


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domingo, 29 de maio de 2011

Sem essa!



"Sem pensar
Apenas seguir
Deixar-se

Sem pesar
Por menos que fiz
Tem mais sim

Sem pressa
Constante
Descanço e recomeço
Sorriso e canção”

Curitiba, 29 de maio de 2011 – 11:51


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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Rindo de si!



Sejamos realistas! Pode ser que o dia de hoje seja um dia difícil! Alias, pode ser que você enfrente muitos dias difíceis pela frente.

Difícil explicar o que é dia um difícil, depende do contexto de cada um de nós. Eu já não sei explicar porque faz muito tempo que deixei de pensar em dificuldade.  Me cansei de perder tempo e energia dizendo que tenho problemas.  Aprendi a acionar meu piloto automático, deixando me guiar aonde eu quero ir ou voltar. (Fiquei bem mais sociável, já consegui fazer dois amigos e viver algumas paixões platônicas)

Sejamos realistas, mas sejamos otimistas! Pode ser que o dia de hoje seja um dia ótimo, mesmo sendo difícil.
Hoje eu dispenso conselhos de religião ou psicanálise, já encontrei a solução para todo desafio que vier: o BOM HUMOR.

Feliz é aquele que simplesmente se deixa feliz, que RI DE SI e das situações que vive. Quando a gente entende que nem tudo está sob nosso domínio, a vida é mais leve. (Me senti um Chico Xavier agora rsrsrs)

Saí pela rua e comecei a rir do trânsito caótico, um espaço de todos onde a maioria quer ser apenas um. Fui mal atendido numa loja e ri porque alguns vendedores são engraçados, eles ainda não sabem que sua profissão existe em função do cliente. Cumprimentei um vizinho e não recebi um “bom dia”, eu achei cômico, afinal, é uma piada vizinhos que fingem não saber quem você é. (ontem ouvi ele reclamando do trabalho e da esposa, ouvi seu disco Tim Maia duas vezes e precisei ligar minha TV na madrugada para não ouvir a euforia íntima do casal).

Depois de encontrar a minha solução, decidi vasculhar minha memória afetiva, uma espécie de caixa preta que todos temos.

Foi o maior show de humor que se pode ver. Gargalhei com meus traumas e sua coleção de remédios, surpreendi minha preguiça fantasiada de menino medroso, joguei fora os pés de galinha de um olhar magoado. Os amores que fingiram partir e não foram embora resolvi despejar com poesia e canções, já as coisas sexuais eu deixei espalhadas pelo corpo. Aceitei desejos de consumo, idiotices e talentos.  Eternizei sabores da infância, perfumes inesquecíveis, trilhas sonoras, abraços e tudo o que realmente compensava preservar.

Eu sou o protagonista desta comédia! Eu, o cara racional que é movido pela emoção, rindo de tudo que se passa, correndo o risco de sentir fúria com toda esta arrogância que me cerca e me faz agir da mesma forma.
Pode ser que hoje seja um dia difícil ou fácil, só faço questão de continuar feliz.

Elânio Rodrigues
Centro de Curitiba, 20 de maio de 2011 – 10:12


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terça-feira, 17 de maio de 2011

Bem vindo a Cidade Sorriso!



Estou mal acostumado!
Muita gente já havia falado mal de Campo Grande, que as pessoas não sabem acolher bem e tal.
Eu sempre defendi a cidade porque fazia parte de uma galera diferente. Um povo aberto, inteligente, antenado, divertido, etc, etc... A gente, pelo menos, acolhia os novos moradores ou visitantes sim. Chamava para um tereré e para um bom churrasco, deixava fluir nosso espírito interiorano de conversar na calçada da capital sul-mato-grossense.
Vim morar em Curitiba! Estou me sentindo muito bem...
Muito bem tentado a explodir.  Às vezes de revolta, às vezes de tristeza.
(...)
“Calma Elânio!”, me diz uma nova amiga, que veio para a capital paranaense há anos.
“No primeiro ano eu chorava sozinha no meu apartamento, ficava depressiva, mas depois você acostuma e faz amigos. Você começa a entender que são frios, mas são legais quando aprendem a gostar de você. Isto é culpa do frio, que afasta as pessoas”.
(...)
Fico analisando os olhares que não me encaram e questiono se é por causa do frio, medo, timidez, classe social, desconfiança, coisa de cidade grande, Cultura dos colonizadores ou falta de educação.
Estou me esforçando amiga. Pelo menos tenho certeza que a cidade MORENA é realmente morena por sua poeira vermelha. Já a cidade SORRISO... está me deixando intrigado.
Na real eu estou mal acostumado, mas sou grato a esta nova terra.

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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Amante brega


“Eu nunca fui bem nessa matéria chamada Amor
Então vê se me ensina
Porque por você eu não quero reprovar
Prefiro ficar de recuperação”

Foi conversando com uma amiga que me veio esta letra de música sertaneja rsrsrs. Alguém me sugere um refrão?


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quarta-feira, 9 de março de 2011

Soneto da saudade - Guimarães Rosa




Quando sentires a saudade retroar

Fecha os teus olhos e verás o meu sorriso.

E ternamente te direi a sussurrar:

O nosso amor a cada instante está mais vivo!



Quem sabe ainda vibrará em teus ouvidos

Uma voz macia a recitar muitos poemas...

E a te expressar que este amor em nós ungindo

Suportará toda distância sem problemas...



Quiçá, teus lábios sentirão um beijo leve

Como uma pluma a flutuar por sobre a neve,

Como uma gota de orvalho indo ao chão.


Lembrar-te-ás toda ternura que expressamos,

Sempre que juntos, a emoção que partilhamos...

Nem a distância apaga a chama da paixão.



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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Curitiba - cidade modelo

Um morador de rua se aproxima e diz: "Bom dia senhor! Tem algum para eu comer um pão". No tubo de ônibus uma moça procura sua carteira na lixeira, fica feliz porque o ladrão deixou seus documentos e levou apenas o dinheiro. No Passeio Público algumas senhoras se prostituem discretamente a preços populares. Um novo amigo mencionou a palavra hipocrisia, mas ainda é cedo para concordar. A cidade é apaixonante!

sábado, 15 de janeiro de 2011

Homenagem aos Pais

Tem pai que deixou saudade, ensinou que o tempo e valioso demais para esperar o perdão. Tem pai que ainda nem sabe como o filhinho vai ser, tudo é novidade na expectativa de como vai ser criar uma criança.
Todo pai é único, mas também é muito parecido. Quem nunca teve vontade de adotar um novo pai? É o pai de um amigo, um tio, um avô ou até mesmo o sogro. O professor, o médico, o enfermeiro, o padre, o pastor, enfim, existem muitos pais por aí que escolhemos para a vida.
Como fazer uma grande homenagem a estes homens? As vitrines de lojas sugerem o presente perfeito, de pequenas ferramentas a grandes carros de luxo. A família se programa para estar reunida ao redor da mesa, ou para um grande passeio de muita diversão.
Dia dos pais é o melhor momento para dizer: Pai eu te amo! Este grande homem que está ao nosso lado, com aquele ar autoritário, meio sem jeito de retribuir um simples carinho. Este amigo que nos acolhe no abraço e no conselho, olhando o filho com admiração e apoio.
Todo mundo conhece uma história de conflito entre pais e filhos. De um lado os mais antigos, habituados ao tempo de sua criação. De outro, nós, os filhos, nascidos numa sociedade que se reinventa rapidamente. O mundo muda tanto que fica difícil a gente se entender.
Ainda bem que existe um elo muito valioso chamado amor!
A todos os pais nosso “muito obrigado”, nossa amizade, nosso respeito e nosso desejo de felicidade por todos os dias. Afinal, o melhor momento para dizer “eu te amo” é agora.
Não importa como, pode ser de forma breve, tímida, na chegada ou na despedida; com abraços, beijos ou cafunés demorados. O importante é o sentimento verdadeiro, o melhor presente para um pai.

Texto produzido por Elânio Rodrigues (Jornalista DRT-MS 220) para a Revista Total Saúde

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Só beijo



“O que fazer com o beijo que nunca dei?
Fazer de conta, só se for

Eu e minhas palavras
Você, nada!

Faz uma força, cria seu tempo
Nem que seja só por brincadeira

Sem pressa, sem medo, só beijo”


(Elânio)


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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Faz falta você



Preciso de você meu amor!
Hoje, quando tudo parecia tranqüilo, meu coração disparou de saudade.
Foi contra meu desejo, foi fragilizante.
Onde é que está você para me abraçar?
Não deveria ser assim, mas faz falta você.

(Elânio)


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domingo, 9 de janeiro de 2011

Desconfiado




“Você...

...foi coisa linda a primeira vista
...contraditória na segunda impressão
...não recomendada por terceiros

Melhor ficar sozinho no meu quarto”


(Elânio)


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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Cafuné




“Então, me olha!!!

Finge tua coragem que eu vou te dar meu beijo.
É bom, é grátis, é teu.

Então, demora” (Elânio)


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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ano. Passado!



Ano passado eu fui adiante naquilo que andava devagar.

Dizem que tudo tem seu tempo e fui insistindo, às vezes ganhando velocidade em passos importantes.
Ano passado eu esperei também, respirando muitos dias em busca de respostas. Algumas surgiram, outras permanecem mudas.

Ano passado é ano passado porque eu tenho um ano novo!!!


(Elânio)
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sábado, 1 de janeiro de 2011

Teimoso


“Meu dia é do tamanho dos meus sonhos

Só acreditando me sinto maior
Me olham descrente, me julgam inocente
Eu, sigo!

É assim, por teimosia e atrevimento, o meu sorriso
Eu chego longe, bem perto de mim” (Elânio)


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