Quem sou eu ...

Balançado demais

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Abro meus braços (Elânio)

















Hoje pra se amar sem medo.
Entregue inteiro, intenso, intuitivo.
E então, pode ser possível que impulsivo,
se revele o fato de amar, ou não.

Se responde quem pergunta.
O sentimento ao contrário da razão.
Deixa encontrar o beijo.
Foge das palavras.
Segue pelas mãos.

Dia após dia abro meus braços
esquecendo as dores pra quem bem me quer.
Quando a paixão vem, entregue ao ponto de me esquecer.

Eu quero o pranto da despedida.
Suspirar de saudade essa distância por estar perto demais.
Quando me perco, me encontro inteiro em você.

Pare o tempo, enxergue a direção.
Observe. Meu olhar te quer.
Permaneço em ti cantando meu desejo em mais uma canção.

Se aproxime, eu vim.
Te esperar não vou.
É mentira, eu sei.
É um engano bom.

Tenho um sentimento imenso
E um vazio lento a me acelerar e contradizer.
Me trazendo paz, desfazendo o bem.
Pode ser que eu vá, continuo aqui.
É tarde demais, o amanhã já sei.



(canção de Elânio, direitos reservados)

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Correr menos riscos















Sr. Joaquim Osório Duque Estrada e Francisco Manuel da Silva, compositores da letra e música do Hino Nacional Brasileiro, respectivamente.

Me perdoem!!!

Eu tentei. Ouvi, fui ao dicionário conhecer o sentido das palavras, criei cenas no meu pensamento, recitei, cantei sozinho, cantei acompanhado da gravação militar.

Na hora de interpretar a canção, fui de peito aberto e uma leve incerteza. Errei um pouco, mas executei o desafio: coordenei a cantoria do Hino Nacional na abertura de uma cerimônia.

“Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!”.

Eu acreditei ser “gigante pela própria natureza”.

“Verás que um filho teu não foge à luta”. Eu não fugi.

Que besteira Elânio, dirão alguns.

Então eu também faço o desafio. Experimente cantar o Hino sem nenhum erro e ainda entendendo o significado de toda aquela poesia (que acho linda apesar de difícil).

Só de uma coisa não peço desculpas Sr. Joaquim e Sr. Francisco. No final do Hino a platéia bateu palmas. Isto é muito comum. O brasileiro fica emocionado com o Hino, embora os militares e tradicionalistas de plantão critiquem a postura popular.

Ah! Deixem e emoção patriótica fluir.
Quem sabe assim a gente aprende o Hino com mais entusiasmo.
Cantar o Hino!
Dançar o Hino!
Viver o Hino!

Ih! Já to me empolgando demais.

Enfim Senhores, obrigado pela compreensão e viva nossa pátria.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Observando!!!

















Encontrei esta foto no profile Campo Grande MS no Orkut.
A cidade surpreende com pessoas de todos os tipos.
Amo Campo Grande.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Um artista no lucro !!!
















“Ao artista tudo é permitido. Só não vale ser fedido.”

O artista é um ser realmente diferente do cidadão corriqueiro.
Pode começar pelo estilo de se vestir, o corte de cabelo, os adereços, a postura, etc.
Ou surpreender justamente pelo estilo sério e comum, que revela uma personalidade diferente do “normal”.

Aliás, a palavra “normal” sempre vem entre aspas no vocabulário do artista.
O que é ser “normal”? Sempre vai questionar.

Sim, o artista é um ser descolado na maneira de ver o mundo.
Sim, o artista é um ser estranho, que se retrai, se esconde em si fugindo do mundo.

O artista é tudo isto. E tudo isto é “normal” para um artista.
O desafio é lidar com a sensibilidade que tem ou que aprendeu a cultivar.
Se expressar na sua Arte torna-se uma necessidade, uma rotina, um vício, uma vida.

Hoje em dia eu adoro ser um artista. E reconheço esta condição em mim.
É uma busca de si. Longe de holofotes e flashs fotográficos.

Mas tem uma coisa que incomoda e que vou defender junto com a amiga Conceição:
“Ao artista tudo é permitido. Só não vale ser fedido.”

Então, depois do desafio de lidar com a própria sensibilidade de ver o mundo e as pessoas, o artista tem que aprender a lidar com o produto Arte.

Ganhar dinheiro com Arte e, ao mesmo tempo, fazer Arte de verdade, quero dizer, com verdade, a verdade que cada um acredita e é.

Lidar com produção, divulgação, marketing, finanças, investimentos e tantos outros caminhos que parecem travar a criatividade de um artista.

Não pensar no lucro e viver artisticamente na lucratividade.

Quem souber a receita me ensine que to procurando.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

O Elânio jornalista
















...Aguardo o ritmo das coisas.
Menos pressão e as respostas aparecem.
Sem medo do silêncio, ouça inúmeras palavras escondidas nas entrelinhas.
Sim! Eu posso sentir.

Eu, o jornalista, começo a escrever a cena.

Colho os fatos da realidade, amparado pela subjetividade.
É a informação com observação atenta, revelando os personagens reais das notícias.
Um jornalismo transformador, porque não se prende ao breve relato.
Contar a história com sentimento, inteligência, informação e prazer...

A partir desse “não existe pauta ou história de vida desinteressante”, diz o mestre Edvaldo Pereira Lima.

Concordo meu caro.

Todos os dias me aventuro a criar versos e melodias para minhas músicas e fazer jornalismo literário é um caminho semelhante.
Escrever narrando é uma arte, que pode ser exercida sem este papo de que é um dom da pessoa.

Com certeza exige da gente um mergulho no fato. É preciso se envolver para reconhecer o real. A partir daí, não basta ser jornalista apenas por profissão.

Difícil é saber o limite, não é professor?
O sensacionalismo.
O sentimentalismo barato.
A reportagem sóbria. Recheada de poesia e sentimento, informação e conhecimento.

Bem... o caminho é a intuição de cada um.
Escrever é um exercício que rejuvelece a criatividade.

Obrigado por indicar esta direção.



(inspirado pela palestra "Jornalismo Literário 2008: renascimento da arte narrativa da vida real" no 3º Jornalide Uniderp/Ananhanguera – Campo Grande – MS. Relançamento do livro “Páginas Ampliadas: O Livro-Reportagem Como Extensão do Jornalismo e da Literatura”)

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Sobre o que eles são
















Um dia para encontrar velhos amigos que ressurgem.
A rua é limpa, sem papéis, sem gritos, sem bandeiras.
Os olhos descansam e relaxam.
É um dia de eleição e não é como outro qualquer.

Dois anos se passam e a Democracia fica diferente.
Tem gente ficando esperta, valorizando a atitude de opinar naqueles que comandam o rumo do país.

As campanhas do TSE ajudam. Os comerciais são de arrepiar. Dá vontade de ser cidadão por inteiro. As regras eleitorais são outra postura que deixa este processo mais organizado e civilizado.

Já ouvi muitos dizeres contrários ao voto. E, por outro lado, vejo muitos brasileiros felizes em votar.

É um dia bonito!

Deixo minha opinião e homenagem ao amigo Eduardo Romero que é motivo de orgulho para todos nós, os velhos amigos:

...Estive lutando por alguém que falasse por nós.
Insisti na idéia simples de recusar o dinheiro que nos corrompe e faz corromper.
Foi quase! E lá estamos bem perto.
Derrota é uma palavra estranha, apenas deixamos de ganhar.
A vitória é de todos...

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O passo em falso (Elânio)















Se eu der um passo em falso eu me ultrapasso nestes passos largos
Se eu der um passo em falso eu me ultrapasso

Bem que eu podia andar no ritmo em que estou
Mas o que faço se o que sou demora
A rua até parou, o trânsito apertou
Mas ser legal aqui é ser da hora

Tanto faz não ter pressa, a cidade me leva
Ainda bem que eu me aquieto
Me permito um instante

Que seja bom para mim
Perto de você
Sem pressa
Não perco o tempo de viver