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Balançado demais

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Campo Grande e Curitiba, as primas metidas.



Eu sempre digo que Campo Grande e Curitiba são primas. É incrível como parecem ser da mesma família. Provincianas, acusam alguns amigos meus. Eu ainda estou observando elas pra ter certeza.

Curitiba é aquela prima metida, que foi para a Europa, estudou e passeou por lá. Agora ela retorna ao Brasil cheia de pose e querendo ser modelo de conduta social e educação. É reservada, fria, detesta visitas sem aviso prévio e se sente pouco a vontade em falar com estranhos.

Campo Grande é aquela prima que quer ser chique, vive copiando a prima Curitiba. Mas, na verdade, é uma garota simpática e interiorana, mais desconfiada que reservada. Tem vontade de interagir com os estranhos, mais por interesse de ascensão social do que por amizade.

As duas primas são estranhas. Elas tem outras primas pelo Brasil que formam uma família muito diferente. Mais ao norte moram as mais sociáveis de todas, devido ao clima quente da região. Tem primas executivas no sudeste, primas de praia de sul a norte, primas tradicionais de colonos, primas humildes pela pobreza, primas feteiras de carnaval, etc.

Curitiba e Campo Grande andam sempre juntas, fazendo pose e tentando impressionar pela beleza e cuidado com a pele e o corpo.
Sempre morei perto da prima Campo Grande, mas nunca dei tanta atenção aos caprichos desta menina morena. Me ocupava com grandes amigos e familiares e fechava os olhos para o que todos me diziam: “ela não sabe receber a gente, não sabe fazer amizade, é difícil chegar até ela”.

Hoje moro perto da prima Curitiba e sinto na pela o que os forasteiros me diziam sobre Campo Grande. A prima sorriso é uma pessoa carente e difícil de compreender. Tem mania de falar bem dos outros pelas costas, porque não sabe expressar seus sentimentos. Tento olhar nos olhos dela sem invadir sua privacidade, quero apenas conversar de forma leve e ir me aproximando.

Curitiba é realmente difícil, mas pra quem já convivia com a Campo Grande não precisa se assustar. Ainda bem que a família é bem grande, assim não me sinto sozinho neste Brasil.

Elânio
Curitiba, 23 de junho de 2011 – 11:02


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